Histórico

'Desistência' é um espetáculo solo criado há três anos através de uma profunda pesquisa sobre temas contemporâneos. O ato de desistir, o voyeurismo e a invasão de privacidade associados aos diversos transtornos comportamentais gerados pelas grandes metrópoles foram elementos para a concepção deste trabalho. Escrito pela atriz profissional Carla Juliano que já esteve em diversas montagens anteriores em São Paulo e interior, arriscou estrear na dramaturgia e atuar também nesta montagem.

 Em 2006, o ‘Desistência’ teve apenas sete apresentações feitas para o público do Núcleo Experimental do Sesi Vila Leopoldina e Teatro Sesi Vila das Mercês. Sua estréia oficial ocorreu em Maio de 2008 onde ficou em curta temporada no Spaço dos Insights, exclusivamente apresentada para o público feminino. E duas apresentações gratuitas nos dias 22 e 23 de julho de 2009 no Teatro Martins Penna em São Paulo para um público estimado de 500 pessoas, sendo 100 jovens entre 10 e 15 anos da Casa de Custódia do Tatuapé.  


  O projeto assume novo formato e tem sido repaginado pelo experiente ator Eduardo Semerjian que assina a supervisão do espetáculo para a temporada de Novembro e Dezembro de 2009 no Teatro X. Com um vasto currículo em teatro, cinema, televisão e na preparação de atores, Eduardo auxiliou no processo já concebido com foco na interpretação da atriz e na ação cênica. Nesta nova etapa do projeto, o espetáculo poderá ser visto por todos novamente porque está aberto para qualquer espectador, sem a determinação de uma platéia ou público específico.

  A concepção musical foi desenvolvida por Droee, pesquisador musical e integrante da banda eletrônica Diva Muffin.

 A inspiração artística para a criação deste trabalho foi a partir das vivências teatrais, da performance, da dança contemporânea e da fotografia. Partindo de um processo investigativo, o espectador, é instigado como um voyeur a observar e vigiar os fatos que estimularam a personagem Luzia, tão invisível por nós, desistir de sair da sua casa.

 Convidamos todos vocês para este encontro inesperado, quase como uma metáfora pedimos para abrir 'as janelas e portas' sensivelmente da casa desta mulher e refletir sobre a vida e as angústias de qualquer indívíduo contemporâneo repleto histórias e lembranças.

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